
TEXTO DOCUMENTAL
TODO CONTEÚDO DESTE ARTIGO FOI EXTRAÍDO DE ATAS E DOCUMENTOS OFICIAIS DO ACERVO DA SOCIEDADE SÃO VICENTE DE PAULO - UBERLÂNDIA-MG
ELE NOS DEIXA CLARO QUE A HISTÓRIA DA SSVP SE FUNDE COM A HISTÓRIA DOS PRIMÓRDIOS DO NASCIMENTO DA CIDADE DE UBERLÂNDIA.
SOMOS MUITO ORGULHOSOS POR TER FEITO PARTE DESSA HISTÓRIA.
Ao final do século XIX, tentativas de fundação de conferências vicentinas foram feitas em Uberlândia. Em meados de 1898 foi criada uma conferência vicentina sob a presidência do Vigário Pedro Pio Dantas Barbosa, também conhecido como Vigário Dantas, mas foi desativada após três reuniões. Outra tentativa foi feita em 25 de Junho de 1905, mas a conferência encerrou as atividades no início de 1906. Dez anos depois da segunda tentativa, em 1916, “mais precisamente do dia 02 de Janeiro daquele ano é que seria plantada a sementes que vingaria e floresceria definitivamente” .
A convite do Cônego Pezzuti, reuniu na sacristia da Igreja Nossa Senhora do Carmo, velha Igreja Matriz, localizada na Praça da Matriz, denominada mais tarde Praça Minas Gerais e posteriormente Praça Cícero Macedo, um grupo de cidadãos entre eles: Cel. Arlindo Teixeira, Dr. Abelardo Pena, Daniel Fonseca, Honorato Martins, Dr. Antônio Santa Cecília, Arlindo Teixeira Júnior, Francisco Giffoni, Benjamin Monteiro e Cel. Marciano de Ávila. Desta reunião foi fundada a Conferência Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade, ainda São Pedro do Uberabinha, que não passava três mil habitantes. Por aclamação, foi indicado o nome de Cel. Arlindo Teixeira para presidente da Conferência que de imediato nomeou para compor a mesa diretora o Cel. Marciano de Ávila para vice-presidente, Dr. Antônio Santa Cecília para secretário e Benjamim Monteiro para tesoureiro. Esta foi a diretoria da primeira conferência vicentina, Conferência Nossa Senhora do Carmo, em Uberlândia.
Pouco tempo após a fundação da Conferência, o presidente da mesma, Cel. Arlindo Teixeira, propôs ao grupo a criação de um abrigo para atender mendigos desamparados. “Graças aos seus esforços e ao auxílio dos confrades e pessoas caridosas” , em 1919 a Conferência comprou um terreno do Senhor Tobias Ignácio de Souza “na parte nova da cidade” e logo começaram a construção do prédio.
Em Janeiro de 1920 os alicerces já estavam prontos. Três anos após o início da construção, em Julho de 1923 foi terminada as obras e foi imediatamente entregue o abrigo de ambos sexos. Neste período os Asilos não estabeleciam apenas o critério de velhice para que uma pessoa fosse atendida. Desvalidos e abandonados às margens da sociedade, de diversas faixas etária, eram asilados.
Dezoito anos após a fundação da Conferência Nossa Senhora do Carmo, em 17 de Julho de 1934, foi fundada a Conferência Nossa Senhora do Rosário. Com o aumento de número de vicentinos na cidade, foi percebida a necessidade de ampliar o trabalho de modo a aplicá-lo de forma eficaz, fundando, portanto, a segunda conferência. A Sociedade de São Vicente de Paulo através de suas duas conferências lança a pedra fundamental, em 08 de Dezembro de 1934, da primeira casa da Vila Imaculada Conceição que contou com cinco casas destinadas a famílias carentes até 1950.

Em 1934 o presidente da Conferência Nossa Senhora do Rosário, Arthur Gomes Correia, adquiriu do Sr. Clarimundo Carneiro um terreno na antiga Villa Oswaldo, atualmente bairro Osvaldo Rezende, destinada a construção de uma Vila para os pobres assistidos pela Sociedade de São Vicente de Paulo em Uberlândia. Por este terreno foi pago a quantia de 4.000$000 (Quatro Contos) .
Durante o período de construção da Vila Imaculada Conceição, em 1936, a diretoria do Asilo São Vicente e Santo Antônio decidiu vender o prédio onde funcionava a obra ao Sr. Tubal Vilela pelo valor de vinte contos. Com esta importância e mais uma doação de cinco contos, a Conferência Nossa Senhora do Carmo através de seu presidente Confrade Arthur Gomes Correia comprou dois prédios localizados na antiga Praça da Matriz, atualmente Praça Cícero Diniz, sendo um dos prédios no valor de 15.202$000 (Quinze Contos e Duzentos e Dois mil Réis) com escritura adquirida do Sr. Ardelino Theodoro e o outro por 8.702$000 (Oito Contos e Setecentos e Dois mil Réis) adquirido de Dona Maria de Castro. O prédio identificado no número 157 tinha por objetivo asilar mulheres e o prédio ao lado foi utilizado para abrigar homens em 1949.
Com o desenvolvimento das atividades vicentinas tornou-se necessária a criação de um órgão hierarquicamente superior para orientar o movimento. Foi então instalado o Conselho Particular em 14 de Novembro de 1937, sendo seu primeiro presidente Alberto da Costa Matos, de saudosa memória.
Com o funcionamento de duas conferências vicentinas: Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora do Rosário, e duas obras: Asilo São Vicente e Santo Antônio e Vila Imaculada Conceição, os Conselhos superiores acharam necessária a criação de um órgão que pudesse administrar as obras vicentinas na cidade de Uberlândia com mais proximidade e poder regulatório. Em reunião extraordinária para instalação do Conselho Particular da “Sociedade Vicentina” foram escolhidos para compor a primeira mesa administrativa o Confrade Alberto da Costa Matos, Confrade Arthur de Amorim Curado para vice-presidente, Confrade Moacir Lopes para o cargo de secretário e Othon G. Fleury ocupando a tesouraria. Em 1939 foi fundada mais uma conferência vicentina com o nome de Conferência Nossa Senhora Aparecida, solidificando o movimento na cidade. Alguns integrantes destas três conferências eram vicentinos de renome no meio político na sociedade uberlandense da época.
O Dispensário dos Pobres de Uberlândia, fundado em 1934, era uma associação beneficente sem cunho religioso com objetivo de evitar a mendicância na cidade. Em sete anos de existência, o Dispensário lidou com diversas crises que ameaçaram o encerramento de suas atividades. Em 11 de Dezembro de 1941, reuniram-se na sede da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Uberlândia (ACIUB), membros da diretoria do Dispensário, membros da diretoria do Conselho Particular da Sociedade de São Vicente de Paulo e alguns vicentinos, o Cônego Eduardo A. dos Santos, Tenente Coronel João Lemos da Silva e o Prefeito Municipal Vasco Giffoni que foi quem convocou a referida reunião com objetivo de transferir o Dispensário dos Pobres para a Sociedade de São Vicente de Paulo em Uberlândia.
De acordo com o Prefeito Municipal Vasco Giffoni, quem presidiu a reunião, o Tenente Coronel João Lemos da Silva foi quem primeiro teve a ideia de transferir o Dispensário aos cuidados da Sociedade de São Vicente de Paulo que aceitou a “missão de doravante dirigir” e que, nas palavras do prefeito, era com muita satisfação que se “congratulava, não somente com a diretoria daquela Sociedade, que, tinha certeza, excelentes serviços iria prestar à cidade socorrendo os seus pobres que andam a mendigar pelas ruas”.
O Cônego Eduardo Alves dos Santos ao fazer uso da palavra reforçou a quão “árdua” seria a missão assumida pela Sociedade de São Vicente de Paulo na “extinção daquele tão triste espetáculo da indigência pelas ruas locais”. Ficou estabelecido em reunião que o patrimônio pertencente ao Dispensário dos Pobres seria transferido para a Sociedade vicentina e deixou ao critério do movimento a mudança da denominação da obra que passou a ser chamar Dispensário São Vicente de Paulo. A primeira diretoria do Dispensário São Vicente de Paulo assim ficou constituída: Confrade Custódio Pereira Sobrinho, presidente; Confrade Antônio Marra da Fonseca, vice-presidente; Confrade Caio Lima Santa Cecília, 1º secretário; Confrade Alfredo Petrim, 2º secretário; Confrade Othon Gaudie Fleury, 1º tesoureiro e Confrade Rui Cardoso de Miranda ocupando o cargo de 2º tesoureiro. Sendo uma obra transferida, o Dispensário já contava com 180 famílias pobres fichadas, sendo que destas, 120 haviam sido adotadas e 60 rejeitadas por constatarem que estavam em condições de se manterem sem o auxílio da obra. Em 1968 o Dispensário São Vicente de Paulo, obra da Sociedade de São Vicente de Paulo, atendeu as orientações emanadas do Conselho Nacional e passou a desenvolver atividades de “promoção integral do assistido” encaminhando-os a regularizarem documentos, casamentos, carteiras de trabalho e escolas para os filhos. Com a expansão da ICASU[12] (Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia) o Dispensário suspendeu suas atividades, juntamente com a Vila Imaculada Conceição, na cidade mesmo mantendo sua diretoria ativa atualmente.
Ao longo de 1942, a Sociedade de São Vicente de Paulo continuou exercendo suas atividades na cidade de Uberlândia. Com três conferências, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora Aparecida, o Conselho Particular da “Sociedade Vicentina”, a Vila Imaculada Conceição, Asilo São Vicente e Santo Antônio e o Dispensário, a Sociedade de São Vicente de Paulo cresceu rapidamente em menos de trinta anos de existência na cidade.
Assim como o Dispensário, A Santa Casa de Misericórdia de Uberlândia teve sua administração transferida para a Sociedade de São Vicente de Paulo. Fundada em 1908 pela Irmandade da Misericórdia, a Santa Casa passou por diversas crises. Chegou a ser administrada pela Prefeitura Municipal e pelo Governo do Estado de Minas Gerais, mas ao final de 1942 teve sua administração transferida aos vicentinos da cidade.
Em reunião do Conselho Particular no dia 10 de Janeiro de 1943, sob presidência do Confrade Theodomiro da Costa Mattos, foi escolhida a primeira diretoria da Santa Casa de Misericórdia nesta nova fase. No outro dia, 11 de Janeiro, uma nota foi repassada a Rádio e Jornais de circulação de modo que a sociedade uberlandense tomasse conhecimento da reorganização da Santa Casa bem como sua nova diretoria. Como provedor da obra foi escolhido o confrade Sandoval Guimarães, vice provedor confrade João de Oliveira Guimarães, secretário confrade Bolivar de Carvalho e como tesoureiro confrade Alexandre Santos. A posse da referida diretoria foi marcada para o dia 18 de Janeiro com a presença dos vicentinos uberlandenses e de cidades vizinhas, políticos locais, a Irmã superiora Maria Gema do Menino Jesus da Congregação Nossa Senhora da Piedade que assumiu as atividades internas da Casa e Paulo Carneiro representando o Prefeito Municipal. O Cônego Eduardo Alves dos Santos, usando a palavra, ressalta com satisfação a escolha da mesa em “elementos representativos da sociedade uberlandense, cavalheiros de reconhecida probidade e muitíssimo estimados por toda população local” . Assim deu início o trabalho vicentino no setor da saúde na cidade de Uberlândia.
Ao final de 1945, o movimento vicentino na cidade contava com o Conselho Particular que supervisionava cinco Conferências: Nossa Senhora do Carmo (1916), Nossa Senhora do Rosário (1934), Nossa Senhora Aparecida (1939), Santa Terezinha do Menino Jesus (1944) e São José (1945). Além das Conferências que executavam o trabalho de visitas domiciliares, havia as obras de apoio: o Asilo São Vicente e Santo Antônio (1919), Vila Imaculada Conceição (1934), o Dispensário São Vicente (1941) e a Santa Casa de Misericórdia (1942). O número de vicentinos aumentava a cada dia, impulsionados pela divulgação do trabalho nas igrejas e principalmente em jornais e rádios.

Conselho Central de Uberlândia. Documentos Avulsos. Membros da Conferência Nossa Senhora do Carmo. 1ª Conferência Vicentina de Uberlândia. Acervo do Conselho Central de Uberlândia, s/d.

Conselho Central de Uberlândia. Documentos Avulsos. Membros da Conferência Santa Terezinha. Acervo do Conselho Central de Uberlândia, s/d.

Conselho Central de Uberlândia. Documentos Avulsos. Membros do Conselho Particular da Sociedade de São Vicente de Paulo em Uberlândia. Da esquerda para direita, Confrades: Caio Lima, Bádue Simão, Elmiro Santos, Theodomiro Mattos, Oly-Mar Castilho e Moacir Lopes. Acervo do Conselho Central de Uberlândia, s/d.

Instituição Social S. Vicente e S. Antônio. Documentos Avulsos. Novo Prédio do Asilo S. Vicente e S. Antônio. Acervo do Conselho Central de Uberlândia, s/d.
Com estrutura que não suportava o devido atendimento, o Asilo São Vicente e Santo Antônio deu início a construção de uma novo prédio para abrigar os internos. Finalizada as obras em 1956
Assim como o Asilo, a Santa Casa necessitava de novas instalações para o devido serviço aos doentes. Para o final da construção do novo prédio da Santa Casa, na Avenida Vasconcelos Costa, o Provedor Confrade Caio Lima comunicou a diretoria do Conselho Particular em 13 de Junho de 1954 ter dado em empreitada o final das obras das novas instalações.

Santa Casa de Misericórdia de Uberlândia. Documentos Avulsos. Construção do Novo Prédio da Santa Casa de Misericórdia na Avenida Vasconcelos Costa. Acervo do Conselho Central de Uberlândia, s/d.
Sugeriu em reunião do Conselho Particular que fundasse uma Conferência para funcionar nas novas dependências da Santa Casa de Misericórdia tendo como patrono São Camilo de Lelis, padroeiro dos enfermos. A Conferência seria inaugurada no dia da abertura oficial do novo prédio.

Santa Casa de Misericórdia de Uberlândia. Documentos Avulsos. Fachada do Novo Prédio da Santa Casa de Misericórdia na Avenida Vasconcelos Costa. Acervo do Conselho Central de Uberlândia, s/d.
Em processo de finalização de obra, o novo prédio da Santa Casa de Misericórdia de Uberlândia foi marcado para o dia 11 de Fevereiro de 1955 o começo das transferências dos doentes internados e as Irmãs Auxiliares como preliminar inauguração das novas instalações. Com o atendimento reduzido desde o fechamento temporário, foi decidida a abertura extraoficial ao público no dia 26 de Junho de 1955. Com o pré-atendimento aberto no Hospital, a Conferência São Camilo de Lelis foi inaugurada conforme a sugestão dada pelo Provedor Confrade Caio Lima. Sob proteção do Santo considerado protetor dos enfermos, os membros da Conferência tinham como assistidos os doentes internados na Santa Casa de Misericórdia de Uberlândia. Com as reuniões marcadas para às 13:30 horas, ao término realizariam visitas nas enfermarias.
Após quatro décadas de movimento na cidade de Uberlândia era crescente número de conferências na cidade. A fundação de novas conferências era vista com cautela pelo Presidente do Conselho Particular, confrade Oly-Mar Castilho, empossado em 24 de Agosto de 1955, que ressaltou em uma de suas reuniões ordinárias as dificuldades que as conferências já existentes estavam passando “necessitadas de melhor número de confrades, bem como rigor com que se exigirá, doravante, o cumprimento das obrigações de cada qual”. Percebeu também a negligência de determinados presidentes de conferências que sistematicamente estavam fugindo das decisões emanadas pelo Conselho Particular. Por decisão unânime da diretoria do Conselho, foi aprovada a substituição dos presidentes de Conferências e Obras, “que sem motivos justos” , deixem de atender a 3 (três) pedidos consecutivos do órgão superior visando “moralizar as decisões” das deliberações diretivas “a bem da disciplina da Sociedade e dos seus próprios membros” .
Após a saída da Santa Casa e Misericórdia do prédio na Antiga Avenida dos Andradas, 561, para o novo prédio, situado à Avenida Vasconcelos Costas, chegou-se em definição do uso do prédio desocupado. Em 12 de Outubro de 1958, dia de Nossa Senhora Aparecida e também comemorado Dia das Crianças, “foi definitivamente acertado a fundação da entidade, sendo invocadas as intercessões da Virgem Imaculada Conceição e de São Vicente de Paulo”. A entidade fundada foi a Casa da Divina Providência vinculado ao Departamento Vicentino de Assistência Infantil, recém criado. O espaço seria destinado a meninas em regime de orfanato.
Decisão acertada foi então providenciada a reforma e adaptação do prédio onde funcionava a Santa Casa. A reforma durou dois meses sendo todas as despesas custeadas pelo Conselho Particular. A primeira garota recebida, na Casa da Divina Providência chamava-se Cleusa Marilda da Silva em Fevereiro de 1959. Até o dia 19 de Julho, dia da inauguração oficial, o Orfanato já contava com 29 meninas internadas. O primeiro Provedor da Casa da Divina Providência foi o Confrade Saul Afonso da Silva.

Casa da Divina Providência. Documentos Avulsos. Irmãs da Ordem Terceira Regular de São Francisco. Acima, o Provedor Confrade Saul Afonso e o Presidente do Conselho Particular Confrade Oly-Mar. Acervo do Conselho Central de Uberlândia, s/d.
Assim como o Asilo e a Santa Casa de Misericórdia, a Casa da Divina Providência também contou com o auxílio de Irmãs nas atividades internas. Na nova Obra foi assinado contrato com a Congregação das Irmãs da Ordem Terceira Regular de São Francisco, tendo como Irmã Superiora a Madre Maria L. Fischer na administração da Obra. Em 1983, 24 anos após a fundação, a Irmã Bernadete Silva sugeriu que fosse alterado o caráter inicial da Obra – Orfanato – passando a atender em regime semi-internato. No final da década de 80, a Obra passou a atender em regime de Creche, Creche Menino Jesus. A Creche desenvolveu suas atividades até 2012, quando, por inviabilidade social, a Prefeitura Municipal de Uberlândia, através de Escola Municipal de Educação Infantil, apropriou-se das crianças da então Creche.

Santa Casa de Misericórdia. Documentos Avulsos. Prédio da Santa Casa de Misericórdia de Uberlândia na Avenida Vasconcelos Costa. Ao centro o novo prédio da Santa Casa de Misericórdia, ao lado esquerdo o antigo prédio, posteriormente Casa da Divina Providência e no canto superior direito a Igreja Nossa Senhora de Fátima no Bairro Martins. Acervo do Conselho Central de Uberlândia, 1955.
Em 45 anos de atuação em Uberlândia, a Sociedade e São Vicente de Paulo havia se expandido ainda mais. Além das Obras que mantinha: Asilo São Vicente de Santo Antônio (1919), Santa Casa de Misericórdia (1942), posteriormente Hospital São Vicente (1961), Dispensário São Vicente de Paulo (1941), Casa de Divina Providência (1959) e Vila Imaculada Conceição (1934), as Conferências se espalharam por toda a cidade num total de nove sendo as Conferências Nossa Senhora do Carmo (1916), Nossa Senhora do Rosário (1934), Nossa Senhora Aparecida (1939), Nossa Senhora de Fátima (....), Santa Rita de Cássia (...), São Camilo de Lelis (1955), São José (1945), Santa Terezinha (1944) e São Pedro (...). É necessário relembrar que ainda neste período, podiam participar do movimento vicentino apenas os homens.
Seguindo o Regulamento da Sociedade de São Vicente de Paulo, com o organizado crescimento do movimento na cidade de Uberlândia, foi fundado o Conselho Central de Uberlândia em 20 de Março de 1966 e instituído pelo Conselho Geral Internacional, em Paris, em 08 de Maio de 1972.
O Conselho Central de Uberlândia teve como seu primeiro presidente o Confrade Oly-Mar Castilho, que anteriormente presidia o então órgão superior – Conselho Particular. A diretoria foi composta por:...
Com mais de 50 anos de criação e mais de 10 presidentes, o Conselho Central de Uberlândia possui uma trajetória de árduo trabalho na promoção da espiritualidade vicentina e direcionamento da Sociedade Vicentina na cidade. Após sua criação vários Conselhos Particulares surgiram e mais conferência, solidificando e organizando de maneira efetiva o trabalho sonhado por Frederico Ozanam.
As constantes crises financeiras e os atrasos de subvenções levaram um intenso debate à Mesa Administrativa do Hospital: o encerramento de suas atividades. Em 22 de Setembro de 1975, após um longo período de negociação, o Hospital São Vicente de Paulo foi vendido a um grupo de médicos da cidade transformando-o em Hospital Santa Genoveva, em exercício atualmente no mesmo local onde funcionava a Santa Casa de Misericórdia de Uberlândia/Hospital São Vicente de Paulo.
Em mais de um século de atuação na cidade de Uberlândia, a Sociedade de São Vicente de Paulo contribuiu ativamente para a promoção social dos mais desvalidos e necessitados seguindo, portanto, os nobres ensinamentos de seu fundador, Confrade Frederico Ozanam. O Conselho Central de Uberlândia tem em sua história a solidez de uma entidade concretada em bases de respeito, missão, caridade, solidariedade e fé.
Com as constantes transformações da sociedade, a Sociedade de São Vicente de Paulo em Uberlândia acompanhou tais transformações organizando e promovendo as mudanças de estruturas. Atualmente a Sociedade de São Vicente de Paulo em Uberlândia, através de seu Conselho Central, possui sete Conselhos Particulares, 37 Conferências vicentinas, além da Obra Unida Instituição Social São Vicente e Santo Antônio e a Casa de Retiro Nossa Senhora das Graças.

DISPENSÁRIO SÃO VICENTE.

CONGRESSO VICENTINO EM ARAGUARI, QUANDO APENAS HOMENS PARTICIPAVAM DA SSVP

MULHERES ASILADAS QUANDO O ASILO AINDA ERA DIVIDIDO POR SEXO. NESSA ÉPOCA IDADE NÃO ERA OBRIGATÓRIO PARA ENTRAR.

DISCURSO DE INAUGURAÇÃO DA SANTA CASA.

A esquerda Monsenhor Eduardo